Mês da Mulherada – Rejected Princesses (Princesas Rejeitadas)

Princesas01Pra quem não sabe, estuda-se a influência das Princesas Disney em meninas e parando pra pensar, ela (Disney) sempre vendeu um “Modelo Ideal” feminino, usando contos da carochinha para nortear moçoilas sobre Amor, Comportamento, enfim, o Que Esperar da Vida.

Basicamente, a proposta é de que, apesar de maus-tratos, humilhações e demais pragas que apenas aquele vizinho fofoqueiro é capaz de conjurar, a Mulher deve aguardar submissa e calada a chegada de sua Salvação: Um Príncipe Encantado genericamente lindo, que protege e ama sua Eleita…

…. sem qualquer interesse em evidentes atributos sexuais femininos como ocorre na maioria dos Homens, mas deixemos isso de lado por hora.

Enfim, estereótipos maniqueístas, ampliação das expectativas e espetaculosas lições de moral transbordam nessas histórias. Contudo, na criação de uma Princesa Disney é preciso muita filtragem de comportamentos e características. Entenda que há todo um estudo / marketing para a Personagem se encaixar no gosto das pessoas de modo que muito do público alvo se envolva / identifique com a História e queira acompanhá-la com bons olhos até o final.

Na verdade, há, inclusive, um livro sobre o Jeito Disney de encantar os clientes.

Então surge a pergunta: E como seria uma Princesa Disney sem retoques no roteiro, uma princesa sem canções interpretada por famosos, sem meia dúzia de publicitários pagos pra pensar por meses a fio na vitimização da Personagem ou sem regras de Etiqueta… enfim, como seria uma Princesa menos polida e mais Humana?!

Jason Porath tem a resposta.

Jason Porath
Jason Porath é o idealizador das Princesas Rejeitadas.

PRINCESAS REJEITADAS
Precisei fazer um “arrudeio” do tamanho do Cão pra (tentar) explicar a proposta de que nem todas as Grandes Mulheres de nossa História foram comportadinhas ou modelos de retidão. Aliás, muitas delas “ligaram o Foda-se” e fizeram História do mesmo jeito, o que não diminui sua contribuição para a o Mundo.

Pessoas de verdade não são legais o tempo todo.

Pensando nisso, Jason Porath, um ex ilustrador da Drewanworks iniciou o projeto Rejected Princesses (Princesas Rejeitadas em tradução livre e questionável deste que vos fala): Um site onde mulheres da História (mitologia, ciências e em seus diversos campos) são apresenta em desenhos como Princesas Disney.

“A ideia por trás das ilustrações está dividida em duas categorias: por um lado, ela é uma sátira do padrão muito restrito que os filmes de animação convencionais apresentam; por outro, destaca histórias menos conhecidas que eu, pelo menos, acho super interessantes”

No site Rejected Princesses você tem acesso a todas as imagens do projeto que pretende é mostrar que princesas (leia Mulheres) são capazes de cuidar de suas próprias vidas. Todas as ilustrações do projeto são de mulheres que fizeram história, mesmo que elas tenham tomado uma postura mais enérgica (pra não dizer sádica e desumana) durante esse processo.

Porath se considera como um “Tio legal” que conta para seus filhos histórias escabrosas e que dão medo, mas não causam maiores danos. Afinal, nas histórias dessas mulhres, há lutas, motivações políticas, mortes morridas, mortes matadas, enfim, muitas dessas histórias acabaram amenizadas, mas não deixam de sair dos padrões de uma Princesa.

Seguem algumas (o site tem muitas, muitas mesmo) das ilustrações.

APROVEITANDO PARA POLEMIZAR
Rejected Princesess não apenas fala das mulheres, mas de lésbicas e transexuais também, que são consideradas nas ilustrações como Mulheres.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensando melhor sobre o assunto, as crianças precisam desse alívio para desenvolver uma visão de Mundo e de relacionamentos que atenda suas necessidades. De uma certa forma, as Princesas Disney são interessante (se entendermos que as crianças são um público alvo e as Princesas, um produto de comércio).

Há muitos carnavais atrás eu fiz uma postagem sobre Princesas Sensuais: Uma releitura HIPERSENSUALIZADA (pra dizer o mínimo) das principais Princesas Disney… tudo bem, a Tinker Bell não é uma Princesa, mas isso não traz deméritos aos seus “atributos”.

E, excetuando (talvez) aqueles Filmes de Arte, apresentar personagens do sexo feminino nuas em situações erotizadas e sem qualquer contexto ou critério, certamente é um material que prioriza saciar impulsos sexuais de difícil trato… ou estimulá-los, depende do nível da gala seca da pessoa.

Não que eu esteja reclamando, longe disso. Não que eu esteja reclamando, longe disso.

Comenta aí, machu véi!

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