A Arqueologia é um dos recursos que mais ajuda, penso eu, a vida de um Historiador. Ela não apenas auxilia o Historiador na investigação de Fatos Históricos (sejam documentados ou mantidos na Memória pela oralidade), mas também aproxima seu objeto de pesquisa o máximo possível de uma “eventual Verdade” por trás dos Fatos Históricos perseguidos.
Eventual, claro! Tanto pelo fato do nosso conceito de Verdade ser algo bastante vago, quanto pelo Anacronismo que insistimos em exigir/cometer.
Um bom exemplo do que acabei de comentar é a foto do mosaico de gosto questionável no início do Post.
A DESCOBERTA
Pesquisadores do Museu Arqueológico de Hatay encontraram um mosaico, meio “meme”, com a figura de um esqueleto com a mensagem “Seja Alegre, Viva sua Vida” foi a surpresa numa escavação na provincia de Hatay (capital Antioquia – Turquia). Provavelmente do Século II a.C.
O mosaico é composto de 03 cenas e, sintetizando, conforme Demet Kara (pesquisadora do referido museu), as cenas retratam uma realidade bastante apreciada pelos romanos da época, que eram os Jantares e os Banhos.
“na cena do meio, há um relógio de sol e um jovem rapaz, vestido, correndo até ele, com um serviçal careca logo atrás. O relógio marca entre 9 e 10 ada noite, que é a hora do banho no período romano. Ele tem que chegar no jantar às 10 da noite. Se ele se atrasar, não será bem recebido. Há uma inscrição na cena dizendo que ele está atrasado para o jantar. Na última cena, há um esqueleto um tanto quanto imprudente, com uma garrafa de vinho e pão. O escrito em cima diz ‘seja feliz, aproveite a vida’.”
Outro mosaico que também é retratado por um esqueleto existe em Pompéia (apontado pela própria Kara), dessa vez, com a mensagem “Conheça você mesmo”. E eu não tenho ideia do motivo que leva esse povo a gostar tanto de esqueletos e mensagens sobre Vida e o que fazer dela.
Por isso eu comentei sobre evitar o Anacronismo e eventuais verdades, afinal, não se sabe a real intenção de relacionar uma imagem de Morte com mensagens sobre a Vida.
Com tantas figuras deformada e que lembram a morte no mesmo lugar, Rob Zombie ficaria orgulhoso.
,Todos somos iguais e temos uma estrutura interna não se tratava de uma mensagem para um grupo especifico, e sim um mensagem para todos independente de sexo
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Ora….eles tinha a consciência da efemeridade da vida. Por isso os esqueletos, nosso destino comum!
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É tão óbvio. Viver é morrer. Vida é aquilo que se tem enquanto se fax planos já dizia John Lennon… Não há contradição. Há sabedoria.
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A morte é um fator inerente ao ser humano, e nesse caso na minha opinião os mosaicos nos remetem , que se aproveitem a vida antes da morte, pois depois não adianta. E a representação da bebida no esqueleto me remete que os antigos já relacionavam a bebida alcoolica com a celebração da vida e com sua, de certa forma, ligação com a morte.
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Tenho uma teoria. A verdade é bela por que é verdade. Somos um esqueleto por dentro, não? É lindo constatarmos isso. Somos feios por dentro. E fedorentos. Então vamos beber muito vinho. Comer muito. e nos divertir nos banhos. Vidão, que só pode ser plenamente desfrutado se conhecermos que temos esqueleto, tripas, sistema excretor, barulhinhos estranhos e sistemas respiratórios e circulatórios que estão, desde que nascemos, sempre por um triz. e nós aqui nos achando. mostrar esqueletos pode ser uma boa forma de… sabe?
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